Fado de Lisboa

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Artista: Vários
Título: FADO DE LISBOA
Formato: CD (Booklet português/inglês)
Género: World Music/Fado/Portugal
Duração total: 01:10:28
Nº de Catálogo: SM012-CD
Código de barras: 5606562620271
Data de lançamento: 05.11.12

Já imaginou se numa saída pelas vielas de Lisboa, na mesma noite tivesse oportunidade de escolher uma das várias casas de fado onde cantavam Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo, Fernando Farinha, Fernanda Maria, Carlos Ramos ou Hermínia Silva? É precisamente este

imaginário que o disco Fado de Lisboa pretende recriar, tendo a possibilidade de ouvir 25 fados por estas e outras grandes vozes que cantaram esta cidade.


No CD Fado de Lisboa estes grandes intérpretes cantam-nos algumas histórias de vida que fazem parte da memória coletiva do povo português.
Estas gerações marcaram definitivamente a época mais brilhante do fado nas décadas de 1950 e 1960, contribuindo assim para um grande enriquecimento da história desta canção.


Lisboa é a cidade mais cantada do mundo e a cidade berço do fado. Muitos destes fados são autênticos retratos desta Lisboa antiga.
Pelo seu cariz histórico, humano, cultural e universal, o fado de Lisboa foi promulgado pela UNESCO - Património Imaterial da Humanidade em Novembro de 2011. Porém, o fado é desde sempre património de quem o canta, de quem o ouve e principalmente de quem o sente.

O fado é acima de tudo sentimento, uma libertação de alma que não se explica.


Um pouco de história: FADO DE LISBOA


O fado nasceu em Lisboa no início do século XIX, despontando como uma música portuária no caldeirão cultural que era a capital portuguesa na época. Maria Severa Onofriana (Lisboa, 1820 - Lisboa, 1846), ou simplesmente Severa, foi a primeira figura do fado a tornar-se conhecida. Severa personifica bem os primórdios do fado, uma mulher bonita, boémia e prostitua de profissão que tocava guitarra e cantava fado pelas ruas,
tabernas do bairro da Mouraria e outros locais.


Foi no seio popular dos bairros mais antigos da cidade que o fado se desenvolveu e criou maturidade até se expandir por todo o território nacional e por todas as classes socais. Na segunda metade do século XIX tornou-se a maior canção nacional, foi neste período que a guitarra portuguesa se juntou definitivamente ao fado. No último quartel do século XIX o fado é levado para os salões nobres onde evolui poética e artisticamente.


Nos alvores do século XX aparecem as primeiras publicações escritas sobre fado. No declínio da monarquia o fado é usado pelos republicanos na divulgação de mensagens políticas. Apesar da sua ascensão, o fado chega a ser proibido nos anos 20 do século XX pela ditadura militar que pôs termo à primeira república de 1910. Em 1925 com as primeiras emissões de rádio o fado ganha grande popularidade, ano em que surgem
também as primeiras gravações em discos de 78 RPM.


Em 1927 surge a regulamentação que obriga os artistas a tirarem carteira profissional para poderem atuar publicamente em espaços igualmente autorizados. Com a profissionalização surgem os grupos de fado nos quais se integravam grandes nomes, é atribuído o estatuto de fadista aos cantadores e cantadeiras e com os fadistas surgem as casas de fado. Os grupos de fado levaram esta arte a todo o território nacional e começaram sistematicamente a fazer tours no estrangeiro, começando assim a projeção do fado no mundo.


Em 1931 o fado marca a sua estreia no primeiro filme sonoro português "A Severa" de Leitão de Barros, desde esta data o fado passa a ter presença assídua no cinema.


Nas décadas de 1930 e 1940 o fado continua em grande expansão, ganhando maior espaço na literatura, teatro, cinema, rádio e indústria fonográfica. Nestas décadas construiu-se o imaginário fadista que se vem a solidificar nas décadas de 1950 e 1960 atingindo o seu auge.


Em 1957 a RTP inicia as suas transmissões incluindo regularmente o fado na sua programação, a TV aumentou substancialmente a visibilidade pública dos fadistas, atribuindo a muitos a dimensão de estrelato.


Estes foram os anos de maior fulgor artístico que marcaram a definitiva internacionalização do fado com Amália Rodrigues na primeira figura que brilhava numa constelação de outras grandes estrelas.

SevenMuses © 2018

Carlos Ramos – Meu Bairro Alto Fado Musicado

Amália Rodrigues – Maria Lisboa Fado Marcha

Tristão da Silva – Calçada da Glória Fado Musicado

Maria Clara – Se tu fores à Mouraria Fado Musicado

José Borges – Duelo fadista Fado Triplicado

Mariana Silva – A minha sina Fado Marcha Alfredo Marceneiro

Max – A Rosinha dos Limões Fado Musicado

Fernanda Maria – Cautela se vais à Bica Fado Pechincha

Fernando Farinha – A verdadeira Lisboa Fado Musicado

Hermínia Silva – A nova tendinha Fado Musicado

Alfredo Marceneiro – A viela Fado Cravo

Maria José da Guia – Sonho fadista Fado Corrido

Maria Teresa de Noronha – Pintadinho Fado Pintadinho

Vicente da Câmara – Fado da Rua Tranquila Fado Georgino

Natércia da Conceição – Nossos caminhos Fado Franklim de Quadras

D. Hermano da Câmara – Minha mãe nasci fadista Fado tradicional

Anita Guerreiro – Tia Anica Fado Bizarro

Estela Alves – Esquecer Fado Vianinha

Tony de Matos – Lisboa casta princesa Fado Musicado

Maria do Rosário Bettencourt – Sonhos meus Fado dos Sonhos

Ada de Castro – Quadras soltas Fado Corrido

Frutuoso França – Amor filial Fado Zeca

Teresa Tarouca – Fado Pinóia Fado Pinóia

Lucília do Carmo – Manjerico Fado Macau

Manuel Fernandes e Helena Tavares - Desgarrada Fado Corrido