Artista: Ana Laíns
Título: Portucalis
Formato: CD Jewel Case – booklet 16 páginas
Género: World Music / Fado / MPP
Línguas: Português
Nº de Catálogo: SM030-CD
EAN: 5606562620424
Data de edição: 27 de Outubro de 2017
Portucalis é o país dos sonhos de Ana Laíns!
E é também o 3º álbum da uma cantora, que dedica integralmente o seu trabalho à Portugalidade que lhe define a identidade há mais de 18 anos.
Alheio a rótulos, regras e conotações, Portucalis é um disco transversal, que viaja por todo o vasto Universo de cores da Música, Etnografia e Línguas Portuguesas.
Do galaico-português ao Mirandês, passando pelo português actual, do Fado à Música de cariz Tradicional das Beiras e Trás-os-Montes.
Participações especiais de Ivan Lins, Luís Represas, Mafalda Arnauth e Filipe Raposo.
ANA LAÍNS PORTUCALIS
Este disco é dedicado a todos que gostam de pessoas!
Este disco é dedicado a todos que gostam de ser pessoas do seu país!
Este disco é dedicado a todos que compreendem que a Vida é uma Missão!
E que desta Missão faz parte o lugar onde nascemos!
Portucalis é o país dos meus sonhos.
É o país que existe entre margens.
Existe entre as margens das minhas dualidades.
Mas ser dual é existir.
Ninguém “É” totalmente.
Todos “SOMOS” parcialmente.
Se não em permanência... em muitos momentos das nossas Vidas!
Porque todos “EXISTIMOS” tal qual moedas ou folhas de papel, com cara e coroa, com frente e verso.
O Escritor e Poeta Mia Couto escreveu o poema “Identidade” em 1977, que escancara sem rodeios a sua Dualidade:
“ Existo onde me desconheço,
aguardando pelo meu passado,
ansiando a esperança do futuro.
No Mundo que combato, morro.
No Mundo por que luto, vivo. “
Ser dual é viver permanentemente entre a realidade social e o sonho do estado puro da nossa Natureza.
“Preciso ser outro para ser eu mesmo”
Mia Couto no mesmo poema “Identidade”.
Ser dual é viver a incerteza de uma decisão.
Ser dual é calar a boca à verdade em prol de uma mentira reconfortante.
Ser dual é sorrir ao Mundo dos outros, enquanto grita e chora o nosso Mundo interior.
Ser dual é viver na linha que separa as expectativas do Mundo sobre nós e quem somos realmente.
Por isso existe a Arte!
Porque é na Arte que procuramos (e encontramos muitas vezes) o conforto na nossa verdade pessoal (e colectiva).
O Artista é um canalizador de “Verdades”.
E o Poeta é um fingidor.
E assim o é o Cantor.
Neste disco pretendo revelar todas as minhas verdades, e ir de encontro às Verdades dos Outros.
Preciso de ser fadista e não ser.
Preciso de viver em pleno o meu amor a este país, que é, concomitantemente, a minha maior Paixão e Desalento. O brilho nos meus olhos e as minhas lágrimas.
O Espelho onde vejo reflectidos todos os meus sonhos e desejos.
Numa Era de subversão de valores, prioridades, e de profunda artificialidade, eu quero ser uma portuguesa “missionária”, que encara a sua carreira como “Missão”.
Porque “Deus” me atribuiu a “Condição” de nascer aqui!
Porque me sinto em constante contra-ciclo.
Porque esta “Missão” me mata e renova todos os dias.
E é aqui que reside toda a minha dualidade!
Falta cumprir-se Portugal.
Este é o meu pequenino (mas genuíno) contributo.
Portucalis é o país (e o disco) onde me encontro, onde me equilibro, onde sorrio e sou feliz!
Sejam muito bem-vindos!
Ana Laíns
SevenMuses © 2018
1. Portucalis (Paulo Loureiro)
2. O Fado do Tempo Morto (Carlos Leitão / Popular (Fado Menor))
3. A Verdade da Mentira (Sebastião Antunes / Paulo Loureiro)
5. Não Sei o Quê Desgosta com Luís Represas (Fernando Pessoa / Luiz Caracol)
5. Ai Flores do Verde Pino (D. Dinis / Helena Del Alfonso / José Lara Gruñeiro)
6. Cantiga Bailada (Popular)
7. Não Sei Quantas Almas Tenho (Fernando Pessoa / Paulo Loureiro)
8. Teresa Torga (José Afonso)
9. As Fontes com Filipe Raposo (Sophia De Mello Breyner / Filipe Raposo)
10. Charanga do Tempo com Mafalda Arnauth (Ana Laíns)
11. Mi Morena (Popular)
12. Fado das Horas (D. António de Bragança / Popular)
13. Sou Dual com Ivan Lins (Ana Laíns – Ana Laíns - Mafalda Arnauth / Ivan Lins)
14. Sei-te (Mafalda Arnauth / Fernando Alvim)
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